Silvia Sueli Santos da Silva, do IFPA, apresentou no VI Colóquio Internacional de Etnocenologia , o artigo O Pierrô e a máscara: a espetacularidade do corpo cômico no Boi de São Caetano de Odivelas, onde descreve o Pierrô, personagem mascarado da brincadeira de boi da cidade de São Caetano de Odivelas e as interfaces desse com os múltiplos corpos cômicos que ele traz em sua espetacularidade, do palhaço ao performer de rua.
Na página 451 ela fala da influência que tiveram as caravanas de circos que transitaram pelo interior do Pará e os programas de auditório apresentados pelos palhaços Alecrim e Nequiho. Confira aí:
"O vestuário do personagem odivelense é composto por um largo macacão de
cetim, todo costurado com listas verticais em cores alternadas, lembrando as vestes dos
palhaços". A leveza do tecido torna os gestos mais livres dentro da roupa, permitindo .
maior amplitude de expressão aos braços e às pernas, de modo que isto é manifesto nos
passos básicos da coreografia repetida pelos pierrôs.
" A figura do palhaço que povoa o imaginário amazônico desde o começo do século XX
apresenta como contribuição matricial as caravanas de circos que transitavam pelo interior
paraense e que se popularizaram na década de 60 com os palhaços dos programas de auditório, dentre os quais foi notável o personagem de Erasto Banhos, o “Alecrim da Beira do Rio”. Ele foi o primeiro palhaço a fazer sucesso na televisão paraense. Consagrou-se com seu programa de auditório “Clube do Garoto”, ao lado de seu companheiro “Nequinho”, com quem formava a dupla de clowns: o branco (Alecrim) e o augusto (Nequinho).
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